domingo, 25 de novembro de 2012

Leviatã Opressor

Voo entre rochedos.
Torno-me livre, mas
preso ao chão por não ter asas.

Navego em alto mar,
sou o pirata dos sete
enfrentando tempestades,
mas em terra firme por não ter 
um navio e tripulantes.

Corro nos vales da grande cidade
num solo encarnado e vívido,
mas o concreto já gasto me dói 
a mazela da realidade.

Sou o reflexo do pensamento
utópico frustrado,
a raiz da consciência limitada
por sonhos destruídos,
a pequena parte de um todo,
de uma sociedade governada.

A realidade é uma droga!
Epopeia comprada.

Um comentário:

  1. Por essas e outras é que muitos preferem viver numa realidade paralela, onde podem se refugiar nos seus navios enquanto vão livres para um lugar bem mais feliz no horizonte...

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