domingo, 2 de dezembro de 2012

ZICA DO BAILE




Nóis chega na balada
Forgando pra caralho
Na mesa reservada
Só uísque importado

As cachorra chega junto
E nóis logo vassora
Mas pra toma uísque
vem quicar na nossa tora

Black label, red bull
Absinto e absoluti
As mina chapa muito
E os mulekes é quem curti

Nóis gasta sem miséria
So os pano pesadão
Nóis financia tudo
Porque Nóis somos PATRÃO

É na nave filmadana
Que o sub ta fervendo
Aro 20 cromadona
E o motor puro veneno

A festa se estende
Outra baladinha monstra
Pap e Hashi compreende
Que comanda a porra toda

Digdim digdim digdim!!!!

                                                         MC Pap  & MC Hashi 

domingo, 25 de novembro de 2012

Leviatã Opressor

Voo entre rochedos.
Torno-me livre, mas
preso ao chão por não ter asas.

Navego em alto mar,
sou o pirata dos sete
enfrentando tempestades,
mas em terra firme por não ter 
um navio e tripulantes.

Corro nos vales da grande cidade
num solo encarnado e vívido,
mas o concreto já gasto me dói 
a mazela da realidade.

Sou o reflexo do pensamento
utópico frustrado,
a raiz da consciência limitada
por sonhos destruídos,
a pequena parte de um todo,
de uma sociedade governada.

A realidade é uma droga!
Epopeia comprada.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Domingo

Meus domingos deixaram de ser, sem a tua presença.
O cotidiano que um dia foi, tornou-se mecânico e sem sentido novamente.
Como em toda minha vida em que a solidão era o meu legado existente.

Ando pelas ruas do centro num sábado qualquer a procura deste legado,
da minha escravidão de pensamentos jogados, reorganizados, reprogramados,
para o meu [re]significado.

A fumaça do cigarro é o âmago de minha amargura,
que fora solta para diminuir a dor em meu peito, 
a dor da solidão, a dor da existência, a dor
do destino.

Às vezes me cicatrizo. São curativos momentâneos.
É o oculto do meu ser incompleto, preenchido pelo seu sorriso, pelos
movimentos de seus lábios gesticulando palavras de carinho, enquanto
as minhas são balbucios egoístas.

Desculpe me por assim ser, mas não consigo. 
Sou o que sou e a solidão é a única que me conforta, já que meus domingos
não são os mesmos sem o teu olhar perdido aos meus.

Torno  a tirar o cigarro do bolso e sinto o gosto mais desagradável a cada trago,
e trago a mim a sua imagem, a cada maço jogado ao chão e a saudade só 
aumenta, porém contentável, por não haver meios.

O meio de me trazer de volta a sua presença.


18/ 11/ 12

domingo, 11 de novembro de 2012

Toca do temor

Olhem os gatos pretos correndo
e rompendo a escuridão da noite.
Os olhos mesclavam com a única luz daquele beco
que vinha de um poste.

As grandes garras já muito gastas,
significavam a diversão do dia anterior.
Os ratos não saiam mais de suas tocas e esgotos.
Foram caçados e os alimentos furtados pelo predador.

Os vômitos peludos faziam com que os gatos mostrassem
verdadeiros seres humanos,que bebem em excesso, sem
compromisso e passam mal no sanitário.

O medo nos olhos dos justos é a espada dos desertores.
A espada dos justos, não passam de adagas de fio cego,
de esperanças falsas, de medo solitário, calados no breu da noite.


29/10/12

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Notícia #2

Saudações,

 Venho por meio deste post para informá-los (os poucos que entram aqui) que este fim de semana não terão atualizações devido ao vestibular, porém a partir da semana que vem os posts não serão mais todos os domingos e sim em dias aleatórios, com a presença de colaboradores não permanentes, então fiquem ligados!

Abraço!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Flautista de Hamelin


Peito cavalgante
Levantar heroico
Filmes em preto e branco
Entre copo suado.

“chovo” de ansiedade
Em passo trovejante
Cheiro de insanidade
Num formigueiro pulante.

O sol sobre a cabeça
Verde, vermelha e azul
Cega minha fraqueza
Me torno cru.

Ratos em volta estudam
Hora apertam, hora encaixam, hora saem
Sou cadente
Sou quente.

Manifesto de gritos
Rubis entretidos
Lanças erguidas
Moças caídas.

Uma festa do crepúsculo
Extasiadas, adrenaliticos
Explosões cantadas
Cortinas enfim fechadas.

Jim Maurison

domingo, 21 de outubro de 2012

A fé do matuto

Fui pro sudeste e pense numas pessoas altamente letradas!
Má rapai, pense numa inteligência magnânima, pitoresca, colossal!
Falava bonito o povo de lá.
Tanto que num dava pra entender nadica de nada.

Se fosse pra ficar eu ficava,
mas sabe o que é cumpade?
Prefiro me aprumar por aqui que é mió pra mode a gente visitar
Padim Padre Ciço no Juazeiro.

10/10/12

Morte ao silêncio

Casual o encontro de duas pessoas.
Aquelas que se entreolham e o silêncio,
Raramente significa a falta de assunto.
Aliás, pode-se dizer que significa tudo.
Lhes dão a oportunidade de simplesmente trocarem olhares.
Hélio nunca a viu. Ele a imaginava em seus devaneios doentis.
Olívia nunca existiu, porém apenas a morte de Hélio a silenciou.


18/10/2012

domingo, 14 de outubro de 2012

Des[carga]

Química entálpica.
Entrelaçada pela energia atômica.
Resultante da ligação carbônica.
Sustância pura, mistura cloretada.

O que aconteceu com aqueles que
perderam as cargas?
Será que sumiram no limbo espacial
microtômico?
Não sei. Apenas acenei e virei 
molécula hidrogenada.
Variação de calor em sentimentos
de estruturas oxidadas.

Sentimentos evaporados e dispersos
na minha atmosfera esquecida para
todo o sempre. Para todo o sempre.



(10/10/12)

Brancamente...



                                                                               
Branco
Branco chumboso
Branco neblinoso
Branco, simplesmente,
Branco.
Um branco que ofusca
Um branco que recusa
Sem conteúdo
Sem sentido
Apenas infinito
Perdido
Branco aquele, que nos prenda,
Numa odisseia de perguntas sem respostas
Turbilhão de ansiedade, angustiante,
Pensamentos engasgante
Nada penso nada falo
Apenas branco
Submerso, afogado
Vislumbro, me tomo,
Branco...
Primeiro olhar inexorável
Segundo mutável
O tempo suja
Eis que surge um ponto
Grande pequenina,
Num vasto branco.
Carismático
Engenhoso
Exibido
Ponto.


 Emanuel Bandeja